quinta-feira, 19 de junho de 2014

Carta aberta ao Senador Aécio Neves


Pelotas, 19 de junho de 2014.

Senhor Senador Aécio Neves,

O Senhor se propõe a dirigir esta Nação a partir da próxima eleição presidencial,
Propõe-se a abraçar os lamentos, as dores desse povo tão sofrido, mas também a esperança inabalável por dias melhores, unindo povo e governo em um caminho único, regrado pelo comprometimento, abertura, diálogo e ações concretas.
Na condição de entidade representativa de classe, bem como cidadãos que somos, é nosso dever acompanhar a política e os políticos em todas as suas instâncias, sejam esses candidatos, ou eleitos.
Assim sendo, percebemos que o senhor em suas aparições, tem pregado e tem constituído por sua marca o bordão: “Vamos conversar”?
Pois bem, impossível não ligar sua pessoa a fatos recentes e marcantes, pelo menos para nós, da cidade de Pelotas.
Nas últimas eleições, o senhor esteve em nossa cidade apoiando o nome de Eduardo Leite, candidato a prefeito de seu partido (PSDB), tendo o referido candidato saído vencedor.
Jovem, inteligente, bonito e muito falante, conquistou a população com o discurso de trabalhar muito e dialogar com o povo, em busca de soluções prósperas e de modernidade.
Passados quase dois anos, não é o que vemos. O referido candidato, agora prefeito, tem mostrado uma característica até então desconhecida para a população, em especial, para os servidores do Município.
Mesmo tendo se comprometido com os Servidores do Saneamento, em assembleia, durante a discussão salarial de 2013, quando acenava com a possibilidade de grandes avanços para 2014, uma vez que não poderia dar um melhor tratamento à época, hoje, nega-se com veemência a discutir com a categoria, da qual, muitos, chegam a ter salários menores do que um salário mínimo e, obrigados pela situação imposta, encontram-se em greve.
Mostra-se intransigente e ameaçador, numa total falta de respeito com os servidores e também com a Constituição no que se refere ao direito de greve.
Então, Senhor Senador, hoje viemos a sua presença para “conversar”.
Aceitamos sua sugestão e lhe mostramos um problema: a mudança de comportamento de uma pessoa que nos parece ter afinidades político-partidárias com vossa senhoria.
Portanto, nesta conversa aberta, gostaríamos de lhe perguntar: Qual será sua participação no intuito de promover o diálogo e a resolução desse impasse que já dura mais de 30 dias?
"Vamos conversar?"

Atenciosamente 

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SIMSAPEL
Sindicato dos Servidores Municipais do Saneamento Básico de Pelotas

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