quinta-feira, 26 de junho de 2014

A liminar não foi cassada, foi suspensa

Hoje à tarde, tivemos a notícia de que houve efeito suspensivo da liminar que mandava pagar os salários no final do mês para os trabalhadores em greve. Foi aberto prazo para que o Jurídico do Sindicato possa argumentar para manter a liminar.

Sabemos que houve várias manifestações distorcidas, dando a entender que o Desembargador havia cassado a liminar e o que temos a informar é que ela não foi julgada ainda, apenas suspensa.

Nosso Assessor Jurídico já está trabalhando para se manifestar de forma a que se mantenha a decisão da 4ª Vara de Pelotas, que foi a de que o pagamento seja efetuado.

Informamos, também, que o Grande Ato em apoio aos Trabalhadores do SANEP está confirmado.

Nossa luta continua!

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Comunicado de mudança de local da reunião


A direção do SANEP está tentando ganhar tempo e dizendo que não vai cumprir a liminar.
Decisão judicial se cumpre, ou ele vai acabar pagando do próprio bolso a multa de R$ 50.000,00 por dia, pois vai ser responsabilizado!
Essa é mais uma estratégia para desmobilizar os trabalhadores em greve, porém não vai funcionar, a categoria acredita na justiça e sabe que isto é estratégia de desespero.

Nossa vitória está muito próxima e quanto mais unidos estivermos maior será!


terça-feira, 24 de junho de 2014

Agenda para Quarta-feira, 25/06


Bateu o desespero na direção do SANEP !!!!!


O diretor está dizendo que não vai cumprir a liminar.
Decisão judicial se cumpre, ou ele vai acabar pagando do próprio bolso a multa de R$ 50.000,00 por dia, pois vai ser responsabilizado!
Essa é mais uma estratégia para desmobilizar os trabalhadores em greve, porém não vai funcionar, a categoria acredita na justiça e sabe que isto é estratégia de desespero.
Nossa vitória está muito próxima e quanto mais unidos estivermos maior será!

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Carta aberta ao Senador Aécio Neves


Pelotas, 19 de junho de 2014.

Senhor Senador Aécio Neves,

O Senhor se propõe a dirigir esta Nação a partir da próxima eleição presidencial,
Propõe-se a abraçar os lamentos, as dores desse povo tão sofrido, mas também a esperança inabalável por dias melhores, unindo povo e governo em um caminho único, regrado pelo comprometimento, abertura, diálogo e ações concretas.
Na condição de entidade representativa de classe, bem como cidadãos que somos, é nosso dever acompanhar a política e os políticos em todas as suas instâncias, sejam esses candidatos, ou eleitos.
Assim sendo, percebemos que o senhor em suas aparições, tem pregado e tem constituído por sua marca o bordão: “Vamos conversar”?
Pois bem, impossível não ligar sua pessoa a fatos recentes e marcantes, pelo menos para nós, da cidade de Pelotas.
Nas últimas eleições, o senhor esteve em nossa cidade apoiando o nome de Eduardo Leite, candidato a prefeito de seu partido (PSDB), tendo o referido candidato saído vencedor.
Jovem, inteligente, bonito e muito falante, conquistou a população com o discurso de trabalhar muito e dialogar com o povo, em busca de soluções prósperas e de modernidade.
Passados quase dois anos, não é o que vemos. O referido candidato, agora prefeito, tem mostrado uma característica até então desconhecida para a população, em especial, para os servidores do Município.
Mesmo tendo se comprometido com os Servidores do Saneamento, em assembleia, durante a discussão salarial de 2013, quando acenava com a possibilidade de grandes avanços para 2014, uma vez que não poderia dar um melhor tratamento à época, hoje, nega-se com veemência a discutir com a categoria, da qual, muitos, chegam a ter salários menores do que um salário mínimo e, obrigados pela situação imposta, encontram-se em greve.
Mostra-se intransigente e ameaçador, numa total falta de respeito com os servidores e também com a Constituição no que se refere ao direito de greve.
Então, Senhor Senador, hoje viemos a sua presença para “conversar”.
Aceitamos sua sugestão e lhe mostramos um problema: a mudança de comportamento de uma pessoa que nos parece ter afinidades político-partidárias com vossa senhoria.
Portanto, nesta conversa aberta, gostaríamos de lhe perguntar: Qual será sua participação no intuito de promover o diálogo e a resolução desse impasse que já dura mais de 30 dias?
"Vamos conversar?"

Atenciosamente 

-- 
SIMSAPEL
Sindicato dos Servidores Municipais do Saneamento Básico de Pelotas

Reunião na sexta-feira, 20/06


terça-feira, 17 de junho de 2014

Trigésimo dia de greve


Hoje, nós, trabalhadores do SANEP estamos em nosso trigésimo dia de greve e nos dirigimos à população de Pelotas levando alguns esclarecimentos.

O que os trabalhadores do SANEP estão reivindicando?

Ao longo dos anos temos perdido o valor aquisitivo dos nossos salários.

Conforme dados do DIEESE, o “salário mínimo necessário”, que leva em conta o custo de vida real, nos últimos doze anos, teve uma valorização de 167%,

[Fonte: http://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html]

Enquanto os nossos salários tiveram aumento total de 102%. Para recuperar essas perdas, seria necessário um reajuste de 32%. Nós pleiteando um índice de 12,7%, para que possamos recuperar parte dessas perdas.

O governo municipal, por sua vez, nos oferece 6,8%. Isso é apenas a inflação de maio, pelo indicador mais baixo e não atende às nossas necessidades, tampouco dá qualidade de vida às nossas famílias, considerando que muitos dos trabalhadores do SANEP têm salários inferiores ao Salário Mínimo Nacional.

Num primeiro momento, havíamos proposto um aumento fixo no valor de R$200,00 para todos, numa proposta solidária, desde os que têm salários abaixo do Mínimo até os que têm os salários mais altos. Essa seria uma forma de dividir melhor o valor a ser gasto pela Autarquia com o aumento e diminuir diferenças entre os níveis salariais dos trabalhadores do SANEP.

Essa proposta não foi aceita pela Direção da Autarquia, que alegou inviabilidade jurídica. O jurídico do sindicato entende que é possível, a partir da readequação do quadro de salários dos servidores.

Por que entraram em greve?

Desde o final de março, estamos tentando negociação com a Direção do SANEP e não conseguimos avançar. Devido à intransigência da Direção da Autarquia, a situação chegou à deflagração da greve na assembleia do dia 9 de maio, com o início para o dia 19, ou seja, com dez dias para uma possível negociação, com condições de se interromper esse processo.

Havia uma reunião de negociação marcada para o dia 12. Essa reunião foi adiada várias vezes pela Direção da Autarquia, acontecendo somente dia 15, já sem tempo para se interromper o processo e com uma proposta insuficiente para a Categoria.

Fizemos o que foi possível para evitar a greve. Porém, a direção não demonstrou a mesma preocupação, nem com os trabalhadores, nem com a população. É inadmissível que os trabalhadores de uma Autarquia da importância do SANEP sejam tratados com tamanho descaso pelos administradores.

Nosso movimento busca nossa valorização salarial e de condições de trabalho e, nisso, denuncia o sucateamento a que o SANEP vem sendo submetido ao longo dos anos, com o objetivo de entregar a Autarquia de todos os pelotenses à exploração da iniciativa privada.

O que significa “sucateamento” do SANEP?

O SANEP vem sofrendo sucateamento material e humano que reflete na prestação dos serviços à comunidade.

O serviço que poderia ser feito por uma retro escavadeira, por exemplo, em uma hora, depende do trabalho de três funcionários durante um dia inteiro.

As ferramentas gastas e baixa qualidade dificultam o serviço, aumentando a demora no atendimento.

Os materiais inadequados tornam frágeis os consertos e ocasionam o “retrabalho”.

Tudo isso gera custos excessivos em horas extras e a insatisfação com a demora do atendimento, bem como a reincidência dos mesmos problemas, fazendo com que a população fique insatisfeita com os serviços do SANEP.

O sucateamento humano se dá na medida em que os trabalhadores têm baixos salários e necessitam trabalhar mais, seja em horas extras na Autarquia, seja fora, em outros empregos.

O desgaste físico e mental, a perda da qualidade de vida, da convivência familiar, torna os trabalhadores do SANEP quase escravos, com menos condições de ter um rendimento satisfatório e sofrendo problemas sérios de saúde.

Isso é problema de gestão!

Qual é a justificativa da Direção do SANEP para não dar o aumento reivindicado pelos trabalhadores?

A justificativa é que o SANEP encontra-se em dificuldades financeiras e que não há condições de valorizar os trabalhadores e, ao mesmo tempo, investir em melhorias dos serviços à população.

Esse tipo de discurso é tendencioso e busca jogar a população contra os trabalhadores. Além disso, fica claro que têm havido problemas sérios de gestão da Autarquia nos últimos anos e o trabalhador é quem vem pagando por esses erros administrativos.

Também alegam problemas com a inadimplência, culpabilizando as populações dos núcleos habitacionais populares, como já foi divulgado na imprensa, enquanto há grandes empresas que não são cobradas de forma efetiva e há reduções nos valores dos excessos para hotéis e indústrias.

O Município tem que fazer a sua parte na geração de empregos, mas não à custa dos trabalhadores e da saúde financeira da Autarquia.

O SANEP tem que corrigir problemas de tarifação, tornando a conta mais transparente e mais justa. As pessoas têm que saber que estão pagando pelo lixo e pela drenagem, que não vem explícito na conta de água.

E, pela Lei do Saneamento, já deveria ter começado a cobrar pelo consumo e não pela área construída. Essa seria uma oportunidade de corrigir distorções.

O certo é que os trabalhadores não suportam mais pagar a conta dos problemas de Administração. Esses problemas têm de ser enfrentados e resolvidos para o bem dos trabalhadores e da população de Pelotas.

Como os trabalhadores veem isso?

O valor do aluguel de um caminhão hidrojateador, por hora é de quase R$200,00. Em um ano, o aluguel de um veículo desses pagaria um novo. Isso é só um exemplo do tipo de gasto que o SANEP tem com aluguéis de veículos, equipamentos e prédios.

O SANEP tem condições de fazer financiamento público para a compra de equipamentos, gastando o mesmo valor, ou menos, em parcelas e reverter esse dinheiro para o patrimônio público, reduzindo gastos e melhorando a qualidade dos serviços.

A falta de investimentos em máquinas, equipamentos e materiais, que causa demora na execução dos serviços e “retrabalho”, reflete em horas extras desnecessárias.

Os gastos com segurança privada são da ordem de R$1.800.000,00 ao ano, sendo que a Autarquia conta com um quadro de vigilantes e existe a guarda municipal, que pode ser acionada quando necessário para proteger o patrimônio público municipal, que é a sua principal função.

As despesas com logística também são consideráveis, uma vez que os motoristas têm que se deslocar com os veículos do prédio alugado na Av. Duque de Caxias até os outros prédios, que ficam, por exemplo na região do Porto, no início da manhã, de volta na hora do almoço, no início da tarde e, de volta, no final do expediente. Isso gera um gasto desnecessário com combustível e desgaste dos veículos.

A inadimplência requer ações efetivas de reestruturação e suporte às áreas de cobrança, além da abertura das portas da Autarquia nos dois turnos e mutirões nos bairros mais carentes da cidade, com soluções viáveis de parcelamentos para solucionar problemas de ambas as partes numa política de aproximação com a população. Mas que isso não ocorra apenas em períodos eleitorais, como já ocorreu durante as edições do “SANEP nos Bairros” em anos anteriores.

Tudo isso poderia ser revertido em melhorias nos salários e nos serviços prestados à comunidade.

Isso é problema de gestão!

O que o sucateamento tem a ver com privatização?

As privatizações sempre vêm depois de um processo de gestão voltada ao sucateamento. A população, insatisfeita com a qualidade dos serviços prestados, acaba por acreditar que, com uma privatização, será mais bem atendida.

A “inviabilidade” econômica tem o mesmo papel, pois a iniciativa privada surge como solução “mágica” para os problemas de investimento.

A Lei Orgânica do Município proíbe a privatização da água e dos serviços de saneamento. A Lei 5.115 permite a parceria público-privada e só impõe a necessidade de plebiscito na possibilidade de privatização – leia-se “venda”.

A palavra “privatização” remete a venda da empresa ou autarquia pública. Nós entendemos que terceirização, concessão, parceria público-privada e outras modalidades de entrega à exploração pela iniciativa privada são formas de privatização.

Por que a população deve estar atenta a isso?

O SANEP público não visa lucro e sua função é de extrema importância social. Todo o seu excedente deve ser revertido em investimentos para a população.

Uma empresa privada tem que gastar o mesmo valor para oferecer os serviços, para fazer investimentos – que não serão mais públicos - e obter o seu lucro.

Quem paga por tudo isso? A população na conta de água, como o que ocorreu em Uruguaiana, que as contas deram um salto no primeiro mês de cobrança pela empresa privada.

Sem falar que água e saneamento são serviços estratégicos ligados ao direito à vida e à saúde e não podemos deixar que parte da população seja excluída desses direitos por não poder pagar preços exorbitantes ou por falta de investimentos da iniciativa privada em regiões onde esta poderá não obter lucro.

Por isso é necessário que se discuta esse assunto com a comunidade. Dependendo do jogo de palavras, poderemos estar entregando a água e o saneamento da cidade para a iniciativa privada por 25 ou trinta anos, prorrogáveis por mais 20.

A greve é legal?

Antes de começarmos o movimento, encaminhamos ofício à Direção da Autarquia para tratarmos dos detalhes da greve e foi acertado em reunião que se manteria 30% dos efetivos dos cargos necessários aos serviços essenciais, tendo em vista a Autarquia como um todo e não por setores.

A Direção do SANEP, não cumprindo com o acordo, entrou na justiça solicitando o que já estávamos cumprindo, para usar na imprensa o fato criado por eles mesmos.

O afastamento dos piquetes, determinado pela justiça só demonstrou que ninguém foi forçado a entrar em greve, pois a adesão continuou a mesma e o movimento se mantem coeso até agora.

Se os serviços essenciais não estão sendo realizados, é porque a gestão dos 30% do pessoal não está sendo feita de maneira correta, possivelmente para manipular a opinião pública contra o movimento.

O que o SANEP e a Prefeitura oferecem?

No ano passado, o Prefeito Eduardo Leite foi à nossa Assembleia e pediu um voto de confiança à nossa Categoria, para que aceitássemos os 7,53% oferecidos, pois, neste ano, 2014, teria condições de nos repassar o que a autarquia tivesse melhorado em termos de arrecadação.

Agora, oferecem a metade do que foi solicitado pelos trabalhadores, mesmo tendo sido anunciado um superávit no final do ano passado.

E nos oferecem, também, portas fechadas, corte do Vale alimentação e ameaça de corte do salário.

“Não negociamos com grevistas!”

Mas, também não negociaram com os trabalhadores enquanto estavam trabalhando e protelando a greve para que houvesse uma solução.

Na última assembleia, a Categoria autorizou a Comissão de Negociações a flexibilizar as negociações.

O Prefeito Eduardo Leite, do PSDB, partido de Aécio Neves, que tem como slogan: “Vamos conversar?”, se nega a conversar com os trabalhadores em greve.

Então, Eduardo, vamos conversar?

Como está a adesão dos trabalhadores?

Desde o início do movimento estamos com adesão de mais ou menos 530 trabalhadores, que se mantém firmes.

Na assembleia do dia 11, demonstramos mais uma vez nossa firmeza e união, aprovando, por unanimidade, a continuidade do movimento.

Apesar das ameaças veladas de alguns chefes, apesar dos recadinhos e telefonemas dos chefes “amigos”, avisando que a Direção está “de olho”, apesar das tentativas de nos matar no cansaço, apesar do corte do Vale Alimentação, apesar das ameaças do governo municipal de nos cortar o salário, apesar do risco de termos que passar fome, nós, trabalhadores, seguimos firmes buscando melhor valorização e melhores dias como servidores dessa Autarquia da qual temos orgulho de fazer parte.

Com essa firmeza, nosso movimento se mantém durante todos esses dias de uma forma muito bonita e solidária. A greve tem aproximado os trabalhadores dos diferentes setores da nossa Autarquia e de todos os níveis e cargos, demonstrando que temos unidade e nos apoiamos uns aos outros, mantendo a energia que nos alimenta neste momento difícil. É o café, o chimarrão, o almoço feito na barraca do piquete, com uma moeda de cada um, com um pouco da esperança de cada um... é o abraço, o sorriso e o aperto de mão, que faz de nós companheiros de trabalho e de luta.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Eduardo, vamos conversar?

No ano passado, o Prefeito Eduardo Leite foi à nossa Assembleia e pediu um voto de confiança à nossa Categoria, para que aceitássemos os 7,53% oferecidos, pois, neste ano, 2014, teria condições de nos repassar o que a autarquia tivesse melhorado em termos de arrecadação.

Agora, oferecem a metade do que foi solicitado pelos trabalhadores, mesmo tendo sido anunciado um superávit no final do ano passado.

E nos oferecem, também, portas fechadas, corte do Vale alimentação e corte do salário.

“Não negociamos com grevistas!” - é o que nos diz.

Mas, também não negociaram com os trabalhadores enquanto estavam trabalhando e protelando a greve para que houvesse uma solução.

O Prefeito Eduardo Leite, do PSDB, partido de Aécio Neves, que tem como slogan: “Vamos conversar?”, se nega a conversar com os trabalhadores em greve.


Então, Eduardo, vamos conversar?

#eduardovamosconversar


sexta-feira, 13 de junho de 2014

Trabalhadores do SANEP mantém a greve

Na Assembleia realizada em 11/06, última quarta-feira, a Categoria dos Servidores do Saneamento de Pelotas decidiu manter a greve por tempo indeterminado.

A proposta encaminhada pela Direção da Autarquia não foi aceita e foi aprovada a busca pela reabertura de negociações no sentido de melhorar a oferta.

Foi mantida a pauta de reivindicações da Categoria, com algumas alterações, da seguinte forma:
1.     Negociação dos dias parados;
2.     Aumento de 12,7% nos salários;
3.     Aumento de 12,7% no Vale Alimentação e
4.     Garantia do Vale Alimentação nas licenças, exceto as de interesse pessoal.

A assembleia também autorizou a Comissão de Negociações dos trabalhadores para:
  • Negociar flexibilização de parcelamento do índice reivindicado, caso isso seja discutido;
  • Retornar à discussão de aumento fixo de R$200,00, anteriormente proposto, com flexibilização desse valor, caso seja necessário;
  • Negociar a utilização dos valores gastos com horas extras para possibilitar o reajuste pleiteado.

Desde o início do movimento, a greve conta com adesão de cerca de 530 trabalhadores, que se mantém firmes. As decisões dessa assembleia demonstram, mais uma vez, essa firmeza e união da Categoria.

Apesar das ameaças veladas de alguns chefes, apesar da "queda de braço", apesar das ameaças de corte do salário, apesar de ameaçados com a fome, os trabalhadores do SANEP seguem firmes buscando maior valorização e melhores dias como servidores dessa Autarquia da qual têm orgulho de fazer parte.

O governo municipal ameaça e se nega ao diálogo. Da parte dos trabalhadores, se renova o convite:

Eduardo, vamos conversar?

terça-feira, 10 de junho de 2014

Nova Assembleia marcada

Nesta quarta-feira, será realizada novo encontro da Assembleia Geral da Catagoria, às 14h no Auditório Externo do Colégio Municipal Pelotense, tendo como pauta a Campanha Salarial 2014.


Diretor do SANEP fala aos vereadores

Hoje, na Câmara de Vereadores, o Diretor do SANEP fez uma explanação a respeito da situação da Autarquia, através de planilhas e gráficos.

Tendo em vista a mesma explanação, ficou claro que a conta dos problemas financeiros do SANEP tem sido paga pelos trabalhadores. A constatação de que há problemas financeiros sem que haja, também, encaminhamentos de soluções definitivas é o que deixa claro a intenção de deixar que o barco afunde para surgir a solução "mágica" da entrega dos serviços da Autarquia para a iniciativa privada.

Os trabalhadores não aceitam mais ser lesados no direito ao salário digno, que permitiria uma vida melhor para suas famílias. Também, não é mais admissível que se veja o SANEP ser  levado ao fim sem que se faça nada para reverter a situação.

domingo, 8 de junho de 2014

Vinte e um dias de greve e o jogo de mídia da Prefeitura

Hoje, dia 08 de junho, a greve dos trabalhadores do SANEP está no seu 21º dia e continuamos sem avanços nas negociações, por intransigência da Direção da Autarquia e da Prefeitura.

Esse é o jogo mais do que conhecido, em que administradores se comportam como se fossem os donos das estruturas construídas pelos trabalhadores e sustentados com o dinheiro da população e promovem verdadeiras “quedas de braço” nas negociações salariais, sem considerar as reais necessidades dos servidores públicos e de suas famílias.

A Direção da Autarquia e, agora, declaradamente, o Prefeito, afirmam que não negociam com os servidores em greve. Nós  afirmamos que tentamos conversar várias vezes antes de entrarmos em greve e os administradores não negociaram com os servidores trabalhando, a não ser para nos oferecer o que não chega ao menos perto das nossas necessidades.

Nós, trabalhadores, estamos cansados de pagar o preço do sucateamento a que o SANEP vem sendo submetido. Pagamos quando perdemos o poder aquisitivo dos nossos salários ano a ano, pagamos quando não temos equipamentos e ferramentas adequadas à prestação de um serviço rápido, eficiente e que não reflita em problemas de saúde a muitos de nós.

Desde o início da Campanha Salarial a postura dos administradores do SANEP tem sido de tentar jogar a população contra os trabalhadores, colocando os investimentos em melhorias dos serviços em oposição ao aumento salarial, tratando como se eles, os administradores, não tivessem responsabilidade nenhuma sobre a gestão da Autarquia.

A campanha para a privatização se coloca clara quando há declarações na imprensa alternativa, atribuídas a “diretores” do SANEP que teriam afirmado que a Autarquia estaria conseguindo prestar um bom serviço sem os 530 grevistas, atendendo às áreas de águas, escoamento e drenagem e que só estaria deficitária na área dos serviços de esgoto.

Essas declarações são falsas e fazem parte do jogo a que se presta uma parte da imprensa que se comporta como uma sucursal da Secretaria de Comunicação, sabe-se lá por quais interesses, e que não procura a versão do lado dos trabalhadores. A verdade é que os serviços estão acumulados, pois, conforme informações de alguns trabalhadores que não aderiram à greve, somente estão sendo executados serviços de emergência e, mesmo assim, há mais de 250 ocorrências pendentes de vazamentos, que é apenas um dos quase trinta tipos de serviços de emergência. Os serviços eletivos, como ligações de água e ligações de esgoto estão aguardando o fim da greve.

Ainda são atribuídas aos tais “diretores” – que se saiba, o SANEP tem apenas um – comparações com a SAMAE, autarquia de água e esgoto de Caxias do Sul, afirmando que a mesma conta com apenas 400 servidores e daria lucro de 30 milhões, enquanto o SANEP, contando com o dobro, daria prejuízo.

Conforme o site da própria SAMAE, é uma instituição que trata e fornece água e recolhe e trata esgoto e nada mais. Além disso, conta com 700 colaboradores entre servidores, estagiários e funcionários de empresas terceirizadas. O número de trabalhadores do SANEP que atendem aos serviços que não são de drenagem e coleta e destinação do lixo – serviços não prestados pela SAMAE – é de pouco mais de 700.

A questão do lucro da SAMAE e do prejuízo do SANEP é de gestão. Há gastos vultosos em aluguéis de equipamentos, veículo e prédios. Também há a necessidade de trabalho em horas extras em virtude da falta de máquinas e ferramentas adequadas, que leva à necessidade de um número maior de trabalhadores e de horas para efetuar o mesmo serviço, sem falar no retrabalho frequente pela falta de materiais adequados.


Essas comparações do SANEP com a SAMAE só demonstram, cada vez mais, a intenção de entregar a nossa Autarquia à iniciativa privada, seja como privatização, concessão, parceria público-privada ou mais terceirizações. Para enriquecer essas comparações, trazemos a fotografia de uma conta da SAMAE que totaliza R$122,88 para 19m³ de consumo de água e serviços de esgoto. Terceirização custa bem caro ao consumidor.

Clique na foto para ver melhor
Sem nenhum pudor, se utilizam da nossa greve para fazer “propaganda” da privatização. O “jogo duro” faz parte dessa cena estrelada pelos gestores municipais, que parece estarem “brincando” com a nossa Categoria para ver até onde podemos ir. Isso vem acontecendo desde as sucessivas remarcações de reuniões que antecederam a greve.

As ameaças já começaram, numa tentativa de nos fazer desistir. Os chefes “amigos” avisam dos riscos, esquecendo que eles, servindo de “garotinhos de recado” da Direção serão os que responderão pelos crimes de assédio moral cometidos. O Prefeito e a Direção do SANEP ameaçam cortar o ponto. E nós afirmamos que os dias parados passaram a ser o primeiro ponto de pauta de negociação.

As ações desses gestores e de seus “asseclas” só demonstram o desespero diante da situação colocada, ou seja, eles nunca viram um movimento tão coeso e tão determinado. Essas ações só afirmam que nossa greve está no caminho certo e que eles estão perdidos.

Todos nós temos consciência de que só obteremos avanços se nos mantivermos fortes. Não será fácil, mas temos uns aos outros e um Sindicato que está com a Categoria para o que for necessário.

Sigamos na luta, porque essa luta é justa e só com ela conseguiremos avançar, porque a Categoria unida é que vai pesar na hora dessa negociação.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

SIMSAPEL esclarece que não houve negociação com a Direção do SANEP

O Diretor do SANEP, que dizia que não negociava com grevistas, que poderia conversar, não negociar, usou de má fé quando chamou o Presidente do SIMSAPEL para uma “conversa” sobre o aumento fixo de R$200,00 e divulgou à imprensa, logo após, que havia feito uma proposta de equiparação do Nível 1 ao Salário Mínimo Nacional, 6,8% nos salários dos outros níveis e no Vale Alimentação.

Para entender melhor, a proposta inicial da Categoria era de aumento fixo de R$200,00 para todos os níveis salariais dos trabalhadores do SANEP. Essa proposta foi rejeitada pela administração da Autarquia, segundo eles, por problemas técnicos jurídicos. Já a  ssessoria Jurídica do Sindicato não entende da mesma forma. Mesmo assim, a Categoria entendeu que seria muito mais difícil manter essa proposta, tendo em vista a alegação da Consultoria Jurídica do SANEP e mudou a proposta para reajuste de 12,7% no salário e no Vale Alimentação.

Durante a primeira semana de greve, houve três debates entre o Diretor do SANEP e o Presidente do SIMSAPEL. Em um desses debates, o do Programa Contraponto da Rádio Com, no dia 23/05, o Eng. Jacques Reydams referiu-se à proposta do aumento fixo desta forma:

”Fomos partidários, solidários nessa proposta inicial [...] entendemos que isso, sim, beneficiaria justamente todo trabalhador do nível 1, 2 [...] Se Sindicato vier e der, ofertar, juridicamente que isso é viável, nós somos partidários, sim, a retornar a esse primeiro pedido de negociação. [...] Se tem agora alguma possibilidade, através de projeto de lei, alguma coisa, a gente pode tranquilamente analisar, ver qual é o reflexo financeiro. A gente já viu isso. Não é muita diferença. Se não me engano, é quatro milhões e pouco ao longo do, em doze meses. Praticamente que... quase que equilibra com o reajuste que a gente está fornecendo... percentuais de reajuste.”

Nesse sentido, o Presidente do Sindicato foi até o SANEP com o Assessor Jurídico para uma conversa com o Consultor da Autarquia e, aparentemente, o mesmo entendeu a forma apresentada para a efetivação da primeira proposta da Categoria.

A reunião de sexta-feira foi agendada para a continuação dessa “conversa”, que não poderia tratar de negociações e propostas oficiais, pois existe uma Comissão de Negociações do Sindicato e uma da Direção para esse fim.

O SIMSAPEL deixa claro que:
  • A proposta da Categoria continua sendo a de 12,7%, que foi a confirmada em assembleia no dia 09/05 e qualquer alteração só é válida se partir de outra assembleia.
  • Não houve proposta oficial, uma vez que a reunião foi para uma conversa informal sobre a proposta do aumento fixo.
  • Não tem mais “conversa”, queremos NEGOCIAÇÃO!