segunda-feira, 30 de junho de 2014
quinta-feira, 26 de junho de 2014
A liminar não foi cassada, foi suspensa
Hoje à tarde, tivemos a notícia de que houve efeito suspensivo da liminar que mandava pagar os salários no final do mês para os trabalhadores em greve. Foi aberto prazo para que o Jurídico do Sindicato possa argumentar para manter a liminar.
Sabemos que houve várias manifestações distorcidas, dando a entender que o Desembargador havia cassado a liminar e o que temos a informar é que ela não foi julgada ainda, apenas suspensa.
Nosso Assessor Jurídico já está trabalhando para se manifestar de forma a que se mantenha a decisão da 4ª Vara de Pelotas, que foi a de que o pagamento seja efetuado.
Informamos, também, que o Grande Ato em apoio aos Trabalhadores do SANEP está confirmado.
Nossa luta continua!
Sabemos que houve várias manifestações distorcidas, dando a entender que o Desembargador havia cassado a liminar e o que temos a informar é que ela não foi julgada ainda, apenas suspensa.
Nosso Assessor Jurídico já está trabalhando para se manifestar de forma a que se mantenha a decisão da 4ª Vara de Pelotas, que foi a de que o pagamento seja efetuado.
Informamos, também, que o Grande Ato em apoio aos Trabalhadores do SANEP está confirmado.
Nossa luta continua!
quarta-feira, 25 de junho de 2014
A direção do SANEP está tentando ganhar tempo e dizendo que não vai cumprir a liminar.
Decisão judicial se cumpre, ou ele vai acabar pagando do próprio bolso a multa de R$ 50.000,00 por dia, pois vai ser responsabilizado!
Essa é mais uma estratégia para desmobilizar os trabalhadores em greve, porém não vai funcionar, a categoria acredita na justiça e sabe que isto é estratégia de desespero.
Nossa vitória está muito próxima e quanto mais unidos estivermos maior será!
terça-feira, 24 de junho de 2014
Bateu o desespero na direção do SANEP !!!!!
O diretor está dizendo que não vai cumprir a liminar.
Decisão judicial se cumpre, ou ele vai acabar pagando
do próprio bolso a multa de R$ 50.000,00 por dia, pois vai ser
responsabilizado!
Essa é mais uma estratégia para desmobilizar os
trabalhadores em greve, porém não vai funcionar, a categoria acredita na
justiça e sabe que isto é estratégia de desespero.
Nossa vitória está muito próxima e quanto mais unidos
estivermos maior será!
segunda-feira, 23 de junho de 2014
quinta-feira, 19 de junho de 2014
Carta aberta ao Senador Aécio Neves
Senhor Senador Aécio Neves,
O Senhor se propõe a dirigir esta Nação a partir da próxima eleição presidencial,
Propõe-se a abraçar os lamentos, as dores desse povo tão sofrido, mas também a esperança inabalável por dias melhores, unindo povo e governo em um caminho único, regrado pelo comprometimento, abertura, diálogo e ações concretas.
Na condição de entidade representativa de classe, bem como cidadãos que somos, é nosso dever acompanhar a política e os políticos em todas as suas instâncias, sejam esses candidatos, ou eleitos.
Assim sendo, percebemos que o senhor em suas aparições, tem pregado e tem constituído por sua marca o bordão: “Vamos conversar”?
Pois bem, impossível não ligar sua pessoa a fatos recentes e marcantes, pelo menos para nós, da cidade de Pelotas.
Nas últimas eleições, o senhor esteve em nossa cidade apoiando o nome de Eduardo Leite, candidato a prefeito de seu partido (PSDB), tendo o referido candidato saído vencedor.
Jovem, inteligente, bonito e muito falante, conquistou a população com o discurso de trabalhar muito e dialogar com o povo, em busca de soluções prósperas e de modernidade.
Passados quase dois anos, não é o que vemos. O referido candidato, agora prefeito, tem mostrado uma característica até então desconhecida para a população, em especial, para os servidores do Município.
Mesmo tendo se comprometido com os Servidores do Saneamento, em assembleia, durante a discussão salarial de 2013, quando acenava com a possibilidade de grandes avanços para 2014, uma vez que não poderia dar um melhor tratamento à época, hoje, nega-se com veemência a discutir com a categoria, da qual, muitos, chegam a ter salários menores do que um salário mínimo e, obrigados pela situação imposta, encontram-se em greve.
Mostra-se intransigente e ameaçador, numa total falta de respeito com os servidores e também com a Constituição no que se refere ao direito de greve.
Então, Senhor Senador, hoje viemos a sua presença para “conversar”.
Aceitamos sua sugestão e lhe mostramos um problema: a mudança de comportamento de uma pessoa que nos parece ter afinidades político-partidárias com vossa senhoria.
Portanto, nesta conversa aberta, gostaríamos de lhe perguntar: Qual será sua participação no intuito de promover o diálogo e a resolução desse impasse que já dura mais de 30 dias?
"Vamos conversar?"
Atenciosamente
SIMSAPEL
Sindicato dos Servidores Municipais do Saneamento Básico de Pelotas
terça-feira, 17 de junho de 2014
Trigésimo dia de greve
Hoje, nós, trabalhadores do SANEP estamos em nosso trigésimo dia de greve e nos dirigimos à população de Pelotas levando alguns esclarecimentos.
O que os trabalhadores do SANEP estão reivindicando?
Ao longo dos anos temos perdido o valor aquisitivo dos
nossos salários.
Conforme dados do DIEESE, o “salário mínimo necessário”, que
leva em conta o custo de vida real, nos últimos doze anos, teve uma valorização
de 167%,
[Fonte:
http://www.dieese.org.br/analisecestabasica/salarioMinimo.html]
Enquanto os nossos salários tiveram aumento total de 102%.
Para recuperar essas perdas, seria necessário um reajuste de 32%. Nós
pleiteando um índice de 12,7%, para que possamos recuperar parte dessas perdas.
O governo municipal, por sua vez, nos oferece 6,8%. Isso é
apenas a inflação de maio, pelo indicador mais baixo e não atende às nossas
necessidades, tampouco dá qualidade de vida às nossas famílias, considerando
que muitos dos trabalhadores do SANEP têm salários inferiores ao Salário Mínimo
Nacional.
Num primeiro momento, havíamos proposto um aumento fixo no
valor de R$200,00 para todos, numa proposta solidária, desde os que têm
salários abaixo do Mínimo até os que têm os salários mais altos. Essa seria uma
forma de dividir melhor o valor a ser gasto pela Autarquia com o aumento e diminuir
diferenças entre os níveis salariais dos trabalhadores do SANEP.
Essa proposta não foi aceita pela Direção da Autarquia, que
alegou inviabilidade jurídica. O jurídico do sindicato entende que é possível,
a partir da readequação do quadro de salários dos servidores.
Por que entraram em greve?
Desde o final de março, estamos tentando negociação com a
Direção do SANEP e não conseguimos avançar. Devido à intransigência da Direção
da Autarquia, a situação chegou à deflagração da greve na assembleia do dia 9
de maio, com o início para o dia 19, ou seja, com dez dias para uma possível
negociação, com condições de se interromper esse processo.
Havia uma reunião de negociação marcada para o dia 12. Essa
reunião foi adiada várias vezes pela Direção da Autarquia, acontecendo somente
dia 15, já sem tempo para se interromper o processo e com uma proposta
insuficiente para a Categoria.
Fizemos o que foi possível para evitar a greve. Porém, a
direção não demonstrou a mesma preocupação, nem com os trabalhadores, nem com a
população. É inadmissível que os trabalhadores de uma Autarquia da importância
do SANEP sejam tratados com tamanho descaso pelos administradores.
Nosso movimento busca nossa valorização salarial e de
condições de trabalho e, nisso, denuncia o sucateamento a que o SANEP vem sendo
submetido ao longo dos anos, com o objetivo de entregar a Autarquia de todos os
pelotenses à exploração da iniciativa privada.
O que significa “sucateamento” do SANEP?
O SANEP vem sofrendo sucateamento material e humano que
reflete na prestação dos serviços à comunidade.
O serviço que poderia ser feito por uma retro escavadeira,
por exemplo, em uma hora, depende do trabalho de três funcionários durante um
dia inteiro.
As ferramentas gastas e baixa qualidade dificultam o
serviço, aumentando a demora no atendimento.
Os materiais inadequados tornam frágeis os consertos e
ocasionam o “retrabalho”.
Tudo isso gera custos excessivos em horas extras e a
insatisfação com a demora do atendimento, bem como a reincidência dos mesmos
problemas, fazendo com que a população fique insatisfeita com os serviços do
SANEP.
O sucateamento humano se dá na medida em que os
trabalhadores têm baixos salários e necessitam trabalhar mais, seja em horas
extras na Autarquia, seja fora, em outros empregos.
O desgaste físico e mental, a perda da qualidade de vida, da
convivência familiar, torna os trabalhadores do SANEP quase escravos, com menos
condições de ter um rendimento satisfatório e sofrendo problemas sérios de
saúde.
Isso é problema de gestão!
Qual é a justificativa da Direção do SANEP para não dar o
aumento reivindicado pelos trabalhadores?
A justificativa é que o SANEP encontra-se em dificuldades
financeiras e que não há condições de valorizar os trabalhadores e, ao mesmo
tempo, investir em melhorias dos serviços à população.
Esse tipo de discurso é tendencioso e busca jogar a
população contra os trabalhadores. Além disso, fica claro que têm havido
problemas sérios de gestão da Autarquia nos últimos anos e o trabalhador é quem
vem pagando por esses erros administrativos.
Também alegam problemas com a inadimplência, culpabilizando
as populações dos núcleos habitacionais populares, como já foi divulgado na
imprensa, enquanto há grandes empresas que não são cobradas de forma efetiva e
há reduções nos valores dos excessos para hotéis e indústrias.
O Município tem que fazer a sua parte na geração de
empregos, mas não à custa dos trabalhadores e da saúde financeira da Autarquia.
O SANEP tem que corrigir problemas de tarifação, tornando a
conta mais transparente e mais justa. As pessoas têm que saber que estão
pagando pelo lixo e pela drenagem, que não vem explícito na conta de água.
E, pela Lei do Saneamento, já deveria ter começado a cobrar
pelo consumo e não pela área construída. Essa seria uma oportunidade de
corrigir distorções.
O certo é que os trabalhadores não suportam mais pagar a
conta dos problemas de Administração. Esses problemas têm de ser enfrentados e
resolvidos para o bem dos trabalhadores e da população de Pelotas.
Como os trabalhadores veem isso?
O valor do aluguel de um caminhão hidrojateador, por hora é
de quase R$200,00. Em um ano, o aluguel de um veículo desses pagaria um novo.
Isso é só um exemplo do tipo de gasto que o SANEP tem com aluguéis de veículos,
equipamentos e prédios.
O SANEP tem condições de fazer financiamento público para a
compra de equipamentos, gastando o mesmo valor, ou menos, em parcelas e
reverter esse dinheiro para o patrimônio público, reduzindo gastos e melhorando
a qualidade dos serviços.
A falta de investimentos em máquinas, equipamentos e
materiais, que causa demora na execução dos serviços e “retrabalho”, reflete em
horas extras desnecessárias.
Os gastos com segurança privada são da ordem de R$1.800.000,00 ao
ano, sendo que a Autarquia conta com um quadro de vigilantes e existe a guarda
municipal, que pode ser acionada quando necessário para proteger o patrimônio
público municipal, que é a sua principal função.
As despesas com logística também são consideráveis, uma vez
que os motoristas têm que se deslocar com os veículos do prédio alugado na Av.
Duque de Caxias até os outros prédios, que ficam, por exemplo na região do
Porto, no início da manhã, de volta na hora do almoço, no início da tarde e, de
volta, no final do expediente. Isso gera um gasto desnecessário com combustível
e desgaste dos veículos.
A inadimplência requer ações efetivas de reestruturação e
suporte às áreas de cobrança, além da abertura das portas da Autarquia nos dois
turnos e mutirões nos bairros mais carentes da cidade, com soluções viáveis de
parcelamentos para solucionar problemas de ambas as partes numa política de
aproximação com a população. Mas que isso não ocorra apenas em períodos
eleitorais, como já ocorreu durante as edições do “SANEP nos Bairros” em anos
anteriores.
Tudo isso poderia ser revertido em melhorias nos salários e
nos serviços prestados à comunidade.
Isso é problema de gestão!
O que o sucateamento tem a ver com privatização?
As privatizações sempre vêm depois de um processo de gestão
voltada ao sucateamento. A população, insatisfeita com a qualidade dos serviços
prestados, acaba por acreditar que, com uma privatização, será mais bem
atendida.
A “inviabilidade” econômica tem o mesmo papel, pois a
iniciativa privada surge como solução “mágica” para os problemas de
investimento.
A Lei Orgânica do Município proíbe a privatização da água e
dos serviços de saneamento. A Lei 5.115 permite a parceria público-privada e só
impõe a necessidade de plebiscito na possibilidade de privatização – leia-se
“venda”.
A palavra “privatização” remete a venda da empresa ou
autarquia pública. Nós entendemos que terceirização, concessão, parceria
público-privada e outras modalidades de entrega à exploração pela iniciativa
privada são formas de privatização.
Por que a população deve estar atenta a isso?
O SANEP público não visa lucro e sua função é de extrema
importância social. Todo o seu excedente deve ser revertido em investimentos
para a população.
Uma empresa privada tem que gastar o mesmo valor para
oferecer os serviços, para fazer investimentos – que não serão mais públicos -
e obter o seu lucro.
Quem paga por tudo isso? A população na conta de água, como
o que ocorreu em Uruguaiana, que as contas deram um salto no primeiro mês de
cobrança pela empresa privada.
Sem falar que água e saneamento são serviços estratégicos
ligados ao direito à vida e à saúde e não podemos deixar que parte da população
seja excluída desses direitos por não poder pagar preços exorbitantes ou por
falta de investimentos da iniciativa privada em regiões onde esta poderá não
obter lucro.
Por isso é necessário que se discuta esse assunto com a
comunidade. Dependendo do jogo de palavras, poderemos estar entregando a água e
o saneamento da cidade para a iniciativa privada por 25 ou trinta anos,
prorrogáveis por mais 20.
A greve é legal?
Antes de começarmos o movimento, encaminhamos ofício à
Direção da Autarquia para tratarmos dos detalhes da greve e foi acertado em
reunião que se manteria 30% dos efetivos dos cargos necessários aos serviços
essenciais, tendo em vista a Autarquia como um todo e não por setores.
A Direção do SANEP, não cumprindo com o acordo, entrou na
justiça solicitando o que já estávamos cumprindo, para usar na imprensa o fato
criado por eles mesmos.
O afastamento dos piquetes, determinado pela justiça só demonstrou
que ninguém foi forçado a entrar em greve, pois a adesão continuou a mesma e o
movimento se mantem coeso até agora.
Se os serviços essenciais não estão sendo realizados, é
porque a gestão dos 30% do pessoal não está sendo feita de maneira correta,
possivelmente para manipular a opinião pública contra o movimento.
O que o SANEP e a Prefeitura oferecem?
No ano passado, o Prefeito Eduardo Leite foi à nossa
Assembleia e pediu um voto de confiança à nossa Categoria, para que
aceitássemos os 7,53% oferecidos, pois, neste ano, 2014, teria condições de nos
repassar o que a autarquia tivesse melhorado em termos de arrecadação.
Agora, oferecem a metade do que foi solicitado pelos
trabalhadores, mesmo tendo sido anunciado um superávit no final do ano passado.
E nos oferecem, também, portas fechadas, corte do Vale alimentação e ameaça de corte do salário.
“Não negociamos com grevistas!”
Mas, também não negociaram com os trabalhadores enquanto
estavam trabalhando e protelando a greve para que houvesse uma solução.
Na última assembleia, a Categoria autorizou a Comissão de
Negociações a flexibilizar as negociações.
O Prefeito Eduardo Leite, do PSDB, partido de Aécio Neves,
que tem como slogan: “Vamos conversar?”, se nega a conversar com os
trabalhadores em greve.
Então, Eduardo, vamos conversar?
Como está a adesão dos trabalhadores?
Desde o início do movimento estamos com adesão de mais ou
menos 530 trabalhadores, que se mantém firmes.
Na assembleia do dia 11, demonstramos mais uma vez nossa
firmeza e união, aprovando, por unanimidade, a continuidade do movimento.
Apesar das ameaças veladas de alguns chefes, apesar dos
recadinhos e telefonemas dos chefes “amigos”, avisando que a Direção está “de
olho”, apesar das tentativas de nos matar no cansaço, apesar do corte do Vale
Alimentação, apesar das ameaças do governo municipal de nos cortar o salário,
apesar do risco de termos que passar fome, nós, trabalhadores, seguimos firmes
buscando melhor valorização e melhores dias como servidores dessa Autarquia da
qual temos orgulho de fazer parte.
segunda-feira, 16 de junho de 2014
Eduardo, vamos conversar?
No
ano passado, o Prefeito Eduardo Leite foi à nossa Assembleia e pediu um voto de
confiança à nossa Categoria, para que aceitássemos os 7,53% oferecidos, pois,
neste ano, 2014, teria condições de nos repassar o que a autarquia tivesse
melhorado em termos de arrecadação.
Agora,
oferecem a metade do que foi solicitado pelos trabalhadores, mesmo tendo sido
anunciado um superávit no final do ano passado.
E nos
oferecem, também, portas fechadas, corte do Vale alimentação e corte do salário.
“Não
negociamos com grevistas!” - é o que nos diz.
Mas,
também não negociaram com os trabalhadores enquanto estavam trabalhando e
protelando a greve para que houvesse uma solução.
O Prefeito
Eduardo Leite, do PSDB, partido de Aécio Neves, que tem como slogan: “Vamos
conversar?”, se nega a conversar com os trabalhadores em greve.
Então,
Eduardo, vamos conversar?
#eduardovamosconversar
sexta-feira, 13 de junho de 2014
Trabalhadores do SANEP mantém a greve
Na Assembleia realizada em 11/06, última quarta-feira, a Categoria dos
Servidores do Saneamento de Pelotas decidiu manter a greve por tempo
indeterminado.
A proposta encaminhada pela Direção da Autarquia
não foi aceita e foi aprovada a busca pela reabertura de negociações no sentido
de melhorar a oferta.
Foi mantida a pauta de reivindicações da Categoria, com algumas alterações, da seguinte forma:
1. Negociação dos dias parados;
2. Aumento de 12,7% nos salários;
3. Aumento de 12,7% no Vale Alimentação e
4. Garantia do Vale Alimentação nas licenças, exceto as de interesse
pessoal.
A assembleia também autorizou a Comissão de
Negociações dos trabalhadores para:
- Negociar flexibilização de parcelamento do índice reivindicado,
caso isso seja discutido;
- Retornar à discussão de aumento fixo de R$200,00, anteriormente
proposto, com flexibilização desse valor, caso seja necessário;
- Negociar a utilização dos valores gastos com horas extras para
possibilitar o reajuste pleiteado.
Desde o início do movimento, a greve conta com adesão de cerca de 530 trabalhadores, que se mantém firmes. As decisões dessa assembleia demonstram, mais uma vez, essa firmeza e união da Categoria.
Apesar das ameaças veladas de alguns chefes, apesar da "queda de braço", apesar das ameaças de corte do salário, apesar de ameaçados com a fome, os trabalhadores do SANEP seguem firmes buscando maior valorização e melhores dias como servidores dessa Autarquia da qual têm orgulho de fazer parte.
O governo municipal ameaça e se nega ao diálogo. Da parte dos trabalhadores, se renova o convite:
Eduardo, vamos conversar?
terça-feira, 10 de junho de 2014
Nova Assembleia marcada
Nesta quarta-feira, será realizada novo encontro da Assembleia Geral da Catagoria, às 14h no Auditório Externo do Colégio Municipal Pelotense, tendo como pauta a Campanha Salarial 2014.
Diretor do SANEP fala aos vereadores
Hoje, na Câmara de Vereadores, o Diretor do SANEP fez uma explanação a respeito da situação da Autarquia, através de planilhas e gráficos.
Tendo em vista a mesma explanação, ficou claro que a conta dos problemas financeiros do SANEP tem sido paga pelos trabalhadores. A constatação de que há problemas financeiros sem que haja, também, encaminhamentos de soluções definitivas é o que deixa claro a intenção de deixar que o barco afunde para surgir a solução "mágica" da entrega dos serviços da Autarquia para a iniciativa privada.
Os trabalhadores não aceitam mais ser lesados no direito ao salário digno, que permitiria uma vida melhor para suas famílias. Também, não é mais admissível que se veja o SANEP ser levado ao fim sem que se faça nada para reverter a situação.
domingo, 8 de junho de 2014
Vinte e um dias de greve e o jogo de mídia da Prefeitura
Hoje, dia 08 de junho, a greve dos trabalhadores do SANEP está
no seu 21º dia e continuamos sem avanços nas negociações, por intransigência da
Direção da Autarquia e da Prefeitura.
Essas comparações do SANEP com a SAMAE só demonstram, cada vez mais, a intenção de entregar a nossa Autarquia à iniciativa privada, seja como privatização, concessão, parceria público-privada ou mais terceirizações. Para enriquecer essas comparações, trazemos a fotografia de uma conta da SAMAE que totaliza R$122,88 para 19m³ de consumo de água e serviços de esgoto. Terceirização custa bem caro ao consumidor.
Sem nenhum pudor, se utilizam da nossa greve para fazer “propaganda”
da privatização. O “jogo duro” faz parte dessa cena estrelada pelos gestores
municipais, que parece estarem “brincando” com a nossa Categoria para ver até
onde podemos ir. Isso vem acontecendo desde as sucessivas remarcações de
reuniões que antecederam a greve.
Sigamos na luta, porque essa luta é justa e só com ela
conseguiremos avançar, porque a Categoria unida é que vai pesar na hora dessa
negociação.
Esse é o jogo mais do que conhecido, em que administradores se
comportam como se fossem os donos das estruturas construídas pelos
trabalhadores e sustentados com o dinheiro da população e promovem verdadeiras “quedas
de braço” nas negociações salariais, sem considerar as reais necessidades dos
servidores públicos e de suas famílias.
A Direção da Autarquia e, agora, declaradamente, o Prefeito, afirmam que não negociam com os servidores em greve. Nós afirmamos que tentamos conversar várias vezes antes de entrarmos em greve e os administradores não negociaram com os servidores trabalhando, a não ser para nos oferecer o que não chega ao menos perto das nossas necessidades.
Nós, trabalhadores, estamos cansados de pagar o preço do sucateamento a que o SANEP vem sendo submetido. Pagamos quando perdemos o poder aquisitivo dos nossos salários ano a ano, pagamos quando não temos equipamentos e ferramentas adequadas à prestação de um serviço rápido, eficiente e que não reflita em problemas de saúde a muitos de nós.
Desde o início da Campanha Salarial a postura dos administradores do SANEP tem sido de tentar jogar a população contra os trabalhadores, colocando os investimentos em melhorias dos serviços em oposição ao aumento salarial, tratando como se eles, os administradores, não tivessem responsabilidade nenhuma sobre a gestão da Autarquia.
A campanha para a privatização se coloca clara quando há declarações na imprensa alternativa, atribuídas a “diretores” do SANEP que
teriam afirmado que a Autarquia estaria conseguindo prestar um bom serviço sem
os 530 grevistas, atendendo às áreas de águas, escoamento e drenagem e que só
estaria deficitária na área dos serviços de esgoto.
Essas declarações são falsas e fazem parte do jogo a que se
presta uma parte da imprensa que se comporta como uma sucursal da Secretaria de
Comunicação, sabe-se lá por quais interesses, e que não procura a versão do
lado dos trabalhadores. A verdade é que os serviços estão acumulados, pois,
conforme informações de alguns trabalhadores que não aderiram à greve, somente
estão sendo executados serviços de emergência e, mesmo assim, há mais de 250
ocorrências pendentes de vazamentos, que é apenas um dos quase trinta tipos de serviços
de emergência. Os serviços eletivos, como ligações de água e ligações de esgoto
estão aguardando o fim da greve.
Ainda são atribuídas aos tais “diretores” – que se saiba, o SANEP tem apenas um – comparações com a SAMAE, autarquia de água e esgoto de Caxias do Sul, afirmando que a mesma conta com apenas 400 servidores e daria lucro de 30 milhões, enquanto o SANEP, contando com o dobro, daria prejuízo.
Conforme o site da própria SAMAE, é uma
instituição que trata e fornece água e recolhe e trata esgoto e nada mais. Além
disso, conta com 700 colaboradores entre servidores, estagiários e funcionários
de empresas terceirizadas. O número de trabalhadores do SANEP que atendem aos
serviços que não são de drenagem e coleta e destinação do lixo – serviços não
prestados pela SAMAE – é de pouco mais de 700.
A questão do lucro da SAMAE e do prejuízo do SANEP é de gestão. Há
gastos vultosos em aluguéis de equipamentos, veículo e prédios. Também há a
necessidade de trabalho em horas extras em virtude da falta de máquinas e
ferramentas adequadas, que leva à necessidade de um número maior de
trabalhadores e de horas para efetuar o mesmo serviço, sem falar no retrabalho frequente
pela falta de materiais adequados.
Essas comparações do SANEP com a SAMAE só demonstram, cada vez mais, a intenção de entregar a nossa Autarquia à iniciativa privada, seja como privatização, concessão, parceria público-privada ou mais terceirizações. Para enriquecer essas comparações, trazemos a fotografia de uma conta da SAMAE que totaliza R$122,88 para 19m³ de consumo de água e serviços de esgoto. Terceirização custa bem caro ao consumidor.
Clique na foto para ver melhor |
As ameaças já começaram, numa tentativa de nos fazer
desistir. Os chefes “amigos” avisam dos riscos, esquecendo que eles, servindo
de “garotinhos de recado” da Direção serão os que responderão pelos crimes de
assédio moral cometidos. O Prefeito e a Direção do SANEP ameaçam cortar o ponto.
E nós afirmamos que os dias parados
passaram a ser o primeiro ponto de pauta de negociação.
As ações desses gestores e de seus “asseclas” só demonstram
o desespero diante da situação colocada, ou seja, eles nunca viram um movimento
tão coeso e tão determinado. Essas ações só afirmam que nossa greve está no
caminho certo e que eles estão perdidos.
Todos nós temos consciência de que só obteremos avanços se
nos mantivermos fortes. Não será fácil, mas temos uns aos outros e um Sindicato
que está com a Categoria para o que for necessário.
segunda-feira, 2 de junho de 2014
SIMSAPEL esclarece que não houve negociação com a Direção do SANEP
O Diretor do SANEP, que dizia
que não negociava com grevistas, que poderia conversar, não negociar, usou
de má fé quando chamou o Presidente do SIMSAPEL para uma “conversa” sobre o
aumento fixo de R$200,00 e divulgou à imprensa, logo após, que havia feito uma
proposta de equiparação do Nível 1 ao Salário Mínimo Nacional, 6,8% nos
salários dos outros níveis e no Vale Alimentação.
Para entender melhor, a
proposta inicial da Categoria era de aumento fixo de R$200,00 para todos os
níveis salariais dos trabalhadores do SANEP. Essa proposta foi rejeitada pela
administração da Autarquia, segundo eles, por problemas técnicos jurídicos. Já a
ssessoria Jurídica do Sindicato não
entende da mesma forma. Mesmo assim, a Categoria entendeu que seria muito mais
difícil manter essa proposta, tendo em vista a alegação da Consultoria Jurídica
do SANEP e mudou a proposta para reajuste de 12,7% no salário e no Vale
Alimentação.
Durante a primeira semana de
greve, houve três debates entre o Diretor do SANEP e o Presidente do SIMSAPEL.
Em um desses debates, o do Programa Contraponto da Rádio Com, no dia 23/05, o
Eng. Jacques Reydams referiu-se à proposta do aumento fixo desta forma:
”Fomos
partidários, solidários nessa proposta inicial [...] entendemos que isso, sim,
beneficiaria justamente todo trabalhador do nível 1, 2 [...] Se Sindicato vier
e der, ofertar, juridicamente que isso é viável, nós somos partidários, sim, a
retornar a esse primeiro pedido de negociação. [...] Se tem agora alguma
possibilidade, através de projeto de lei, alguma coisa, a gente pode
tranquilamente analisar, ver qual é o reflexo financeiro. A gente já viu isso.
Não é muita diferença. Se não me engano, é quatro milhões e pouco ao longo do,
em doze meses. Praticamente que... quase que equilibra com o reajuste que a
gente está fornecendo... percentuais de reajuste.”
Nesse sentido, o Presidente do
Sindicato foi até o SANEP com o Assessor Jurídico para uma conversa com o
Consultor da Autarquia e, aparentemente, o mesmo entendeu a forma apresentada
para a efetivação da primeira proposta da Categoria.
A reunião de sexta-feira foi
agendada para a continuação dessa “conversa”, que não poderia tratar de
negociações e propostas oficiais, pois existe uma Comissão de Negociações do
Sindicato e uma da Direção para esse fim.
O SIMSAPEL deixa claro que:
- A proposta da Categoria continua sendo a de 12,7%, que foi a confirmada em assembleia no dia 09/05 e qualquer alteração só é válida se partir de outra assembleia.
- Não houve proposta oficial, uma vez que a reunião foi para uma conversa informal sobre a proposta do aumento fixo.
- Não tem mais “conversa”, queremos NEGOCIAÇÃO!
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